Estamos de olho e atentamente acompanhando o movimento por melhores condições de trabalho e remuneração dos pediatras brasilienses. Nós, pediatras prudentinos, devemos estar atentos, acompanhar essas novidades, comentar e trocar idéias com nossos colegas sobre esses assuntos.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
ESTAMOS DE OLHO !!!
MAIS BRASILIA....
JORNAL CORREIO DE BRASILIA
Pediatras do DF suspendem atendimento a planos de saúde
Por Redação - de Brasília
MAIS BRASÍLIA...
Pediatras do DF suspendem por um dia consultas pagas por planos de saúde
Paula Laboissière
Brasília - Os pediatras que trabalham com planos de saúde no Distrito Federal suspendem hoje (1º) o atendimento pago por convênios – todas as consultas em hospitais particulares e em consultórios serão cobradas. De acordo com a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), a paralisação funciona como uma tentativa de negociação com as empresas para o reajuste dos valores pagos aos profissionais.Os pais ou responsáveis por crianças que recorrerem ao serviço nessa data terão que desembolsar R$ 90 por consulta – preço proposto pela SPDF aos planos de saúde durante as negociações. A previsão de é que o atendimento seja normalizado amanhã (2), mas a ameaça de rescisão de contratos já foi lançada. A partir de setembro, os profissionais podem cancelar em definitivo o atendimento por meio de convênio.
A SPDF alega que é cada vez maior o descredenciamento de pediatras que atendem por planos de saúde. A justificativa, segundo a associação, são os baixos valores repassados pelas empresas e também o não pagamento das consultas de retorno dos pacientes. A remuneração paga aos pediatras vai de R$ 24 a R$ 40 por consulta – descontados impostos e taxas hospitalares, a variação cai para R$ 12 e R$ 30.
“A data de hoje é um marco representativo e um aviso para as empresas. Dentro de 15 dias, se não houver uma solução para esse impasse, os pediatras rescindirão seus contratos e aí você terá um Distrito Federal sem atendimento de convênios”, alertou o presidente da SPDF, Dennis Alexander Burns.
Em entrevista à Agência Brasil, ele avaliou que a situação de caos na pediatria não se limita ao Distrito Federal, mas que o cenário é o mesmo em todo o país – fechamento de unidades de atendimento infantil, redução de leitos de internação e esvaziamento de hospitais.
Burns negou, entretanto, que o problema seja a falta de profissionais na área. Segundo ele, a média de pediatras no Distrito Federal, por exemplo, é de 54 para cada 100 mil pessoas – bem acima do padrão estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 20 para cada 100 mil habitantes “Não há falta de pediatras, há falta de vergonha por parte das empresas”, disse.
A orientação da SPDF para quem precisar de atendimento pediátrico hoje é pedir uma nota fiscal ou um recibo da consulta e, posteriormente, cobrar o reembolso da empresa responsável pelo plano de saúde.
Os pediatras vão atender por meio de convênios apenas os casos de urgência e de emergência social – quando os pais ou responsáveis pela criança não têm condições de pagar pelo atendimento. O plano de saúde dos servidores do Senado é o único aceito nessa data – a entidade aceitou rever a remuneração paga aos profissionais e dobrou o preço repassado por consulta de R$ 50 para R$ 100
Ministério Público investiga falta de oferta de pediatras nos planos de saúde do DF
CORREIO BRASILIENSE
Agência Brasil
Publicação: 01/09/2009 19:08 Atualização: 01/09/2009 19:33
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) instaurou na segunda-feira (31/8) procedimento preparatório investigatório para apurar eventuais irregularidades cometidas pelos planos de saúde que operam em Brasília e cidades-satélites. Em mais de 60 planos de saúde do DF, os pediatras se descredenciaram, segundo o presidente da Sociedade de Pediatria do DF (SPDF), Dennis Burns.Desde o final de julho, os pediatras do DF estão se descredenciando dos planos de saúde, sob alegação de que o valor pago pelos convênios é muito baixo. Os valores variam entre R$ 24 e R$ 48 por consulta e, com os descontos de impostos e de taxas de administração cobradas pelos hospitais, ficam entre R$ 14 e R$ 28.A proposta da categoria, de acordo com o diretor de defesa profissional da Sociedade de Pediatria do DF, José Marco Rezende Andrade, é que nas consultas de consultório o convênio repasse o valor bruto de R$ 120 e, nas de pronto-socorro, R$ 90. Eles também querem o pagamento de R$ 90 para o retorno das consultas, exceto quando o paciente for levar resultados de exames."Por nós a situação já está resolvida, da maneira que a gente não esperava", afirmou Burns. Os pediatras continuam atendendo nos hospitais privados, mas cobram R$ 90 dos pacientes pela consulta, segundo o presidente da SPDF. "Qualquer atividade remunera melhor que os convênios tanto que os hospitais já estavam fechando as alas de pediatria [por falta de pessoal]"."Nós observamos um quadro tranquilo, não há paralisação em massa, ela se concentra em algumas clínicas", explicou o superintendente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) no Distrito Federal, Roberto Fontenele. A Unidas não vai apresentar nenhuma contra-proposta no momento, mas reajustes podem ser acertados ao longo do mês de setembro, quando naturalmente são feitas as negociações com as especialidades médicas. O valor de R$ 90 por consulta não é pago para nenhuma especialidade, segundo Fontenele. "Isso é preço de [consulta] particular".Conforme a portaria de instauração do procedimento, os prestadores de serviço conveniados ou credenciados pelas operadoras de planos de saúde são considerados incluídos no contrato principal firmado com o consumidor. Desse modo, as operadoras são obrigadas a manter esses serviços durante sua vigência. O plano de saúde também é obrigado a oferecer opções de médicos das especialidades credenciadas, mesmo que a rescisão dos contratos ocorra por motivo alheio a sua vontade.O MPF/DF também expediu ofício à Agência Nacional de Saúde (ANS) para que informe se já instaurou algum procedimento sobre a questão, se alguma medida já foi adotada e se a agência dispõe de meios de contato disponíveis aos usuários para reclamações.O MPF/DF também solicitou à ANS o fornecimento do nome dos planos de saúde que atuam no DF, bem como a respectiva rede de atendimento e especialidades de cada um. O Sistema Integrado de Saúde (SIS), plano de saúde do Senado, foi o único a não sofrer descredenciamentos, pois desde 2008 paga os valores reivindicados pela categoria.O Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recomendam que os pacientes com planos de saúde que tiverem que pagar pelo atendimento pediátrico nos hospitais onde houve a suspensão de convênios médicos peçam o ressarcimento do dinheiro gasto na consulta à prestadora do serviço de convênio.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
SERGIO STOREL
27 de agosto de 2009 - n° 155
Intransigência dos planos de saúde leva
27/08/ 09 - Os pediatras da capital do País estão mobilizados para defender o atendimento de qualidade a seus pacientes. Preocupada com a gravidade da situação, já que três hospitais fecharam o serviço pediátrico este ano, desde abril, a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF) busca a negociação com os planos de saúde. A intransigência das operadoras, no entanto, levou os médicos de crianças e adolescentes que atendem na rede privada a decidirem pelo descredenciamento, iniciado em julho e que começa a vigorar, terminado o aviso prévio. Veja, a seguir, a matéria do Correio Braziliense...
26/08/2009
Sem convênios, pediatras vão cobrar R$ 90 por consulta
A partir do dia 28, hospitais privados do DF recusarão, em definitivo, convênios nas emergências pediátricas. O descredenciamento é escalonado, mas a ANS garante: as operadoras têm de oferecer opções aos associados
Depois de seis meses de negociações e ameaças de boicotes, os pediatras da rede privada do Distrito Federal romperam definitivamente os contratos com os planos de saúde. A partir desta sexta-feira até 30 de outubro, todos os pacientes com convênios começarão a pagar R$ 90 pelas consultas no pronto-socorro dos principais hospitais particulares da cidade.
ASSEMBLÉIA DE 6 DE AGOSTO
Aos seis dias do mês de agosto do ano de dois mil e nove, na sede social da Unimed de Presidente Prudente, em segunda chamada, às dezenove horas e trinta minutos, reuniram-se, por convocação formal e regular, os seguintes cooperados pediatras: Aparecido Norcia, Regis Ricardo Assad, Carlos Roberto de Macedo, Paulo Roberto Luppi Ursolino, Paulo Roberto Bezzon, Edson Eitiro Takashima, Wagner Toledo Hatisuka, Eduardo Nagle Ferreira, Ata Baker, Mauro Gakiya, José Vicente Scatena Martins e Cecília Nakajima, para, sob a presidência do primeiro, deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia:
1. Admissão de novos pediatras cooperados;
2. Agendamento de férias e
3. Outros assuntos.
Primeiro assunto: Após necessária, bastante e suficiente discussão, considerando o aumento do número de usuários na faixa etária atendida pela especialidade, bem como o fato de alguns colegas terem saído da cooperativa ou encerrado definitivamente seu trabalho de consultório ou ainda estarem impedidos por doença, concordaram por unanimidade, os cooperados votantes presentes, que se comunicaria à diretoria executiva da cooperativa a disponibilidade de 5 (cinco) vagas no departamento, com o objetivo de suprir as necessidades acima comentadas, para o que consideram estas novas vagas, necessárias e suficientes para o atual momento da especialidade na cooperativa. Recomendam, ainda, por unanimidade, sugerir à diretoria executiva, que sejam convidados os seguintes pediatras para o ingresso em nossas fileiras: Dra. Anelisa Calvo Paes, Dr. Flavio Raimundo Ferreira, Dra. Giovana Marioto Pelizari, Dra. Samara B. S. Santelo e Dra. Simone Ferrari. Recomendam também que, para o pleito para o ingresso na cooperativa da Dra. Juliana Hawilla de Alvarenga Ribeiro seja consultada a especialidade de Endocrinologia.
Segundo assunto: Os cooperados pediatras reunidos consideraram exageradas as preocupações e exíguo o tempo disponível para o agendamento das férias, no que diz respeito à especialidade de pediatria, havendo por bem solicitar prazo adicional para a efetivação do dito de, pelo menos, mais 30 (trinta) dias, após o término do atual prazo divulgado pela diretoria. Lembram também que, na especialidade, os únicos pontos críticos são o plantão de berçário dos Hospitais Nossa Senhora das Graças e Iamada e o plantão de pronto atendimento do Instituto da Criança de Presidente Prudente, escalas que, com ou sem o descanso remunerado nunca tiveram solução de continuidade, em qualquer época, pois suas equipes têm como administrar esses períodos internamente e que, por outro lado, a interrupção temporária de alguns consultórios, simultaneamente, incluindo-se o número sugerido para a especialidade, pela diretoria executiva da Unimed, ou mais ou menos, nunca interferiu ou haverá de interferir de maneira significativa, tanto na quantidade quando na qualidade do serviço pediátrico patrocinado pela cooperativa.
Terceiro assunto: Os cooperados pediatras presentes apresentam sugestões para a reclamação junto à cooperativa de melhoria de honorários médicos para a especialidade, considerando perdas históricas da especialidade, desde a supressão do pagamento de adicional por atendimento em horário noturno, tanto para consultas, quanto para atendimento em sala de parto, a usurpação ao pediatra atendente de estabelecer os critérios, formas e prazos de retorno de consultas e tratamento, “criando”, arbitrariamente e, neste sentido, acompanhando as medicinas de grupo, o maléfico prazo de retorno de trinta dias em cada consulta, o que só vem piorar quando nos reportamos aos antigos e ainda numerosos planos de seis consultas. Históricamente, também, quando da criação dos planos individuais para usuários infantis, havia o compromisso da diretoria da Unimed para uma consulta com maior número de CHs, visando preservar o ganho do pediatra que perderia muitas consultas particulares com estes novos planos, compromisso que não vem sendo honrado. Estas e outras considerações levaram à formação de uma comissão de defesa profissional, formada pelos médicos Aparecido Norcia, Regis Ricardo Assad e Paulo Roberto Bezzon para elaborarem documento apropriado e entregarem em reunião adequada à diretoria da Unimed de Presidente Prudente.
Quarto assunto: Aproveitando a presença e disponibilidade dos cooperados Dr. Carlos Roberto de Macedo do Serviço de Vigilância Epidemiológica do Estado, Dr. Ata Baker, diretor da Divisão Regional de Saúde e diversos médicos pediatras cooperados que trabalham no atendimento de urgências pediátricas em diferentes postos e hospitais da cidade e região, houve importante e elucidativa troca de informações sobre a Gripe H1N1, gripe suína, seu diagnóstico, tratamento, complicações, atitudes práticas para o bem dos pacientes e proteção tanto técnica quanto de defesa profissional para o pediatra.
Nada mais havendo a tratar, às vinte e uma horas e trinta minutos, foi encerrada a presente assembléia e, para constar, eu, Aparecido Norcia, representante de especialidade e presidente da reunião, lavrei a presente ata que vai devidamente assinada.
Presidente Prudente, seis de agosto de dois mil e nove.
Aparecido Norcia
Representante da Especialidade de Pediatria
Médico Pediatra Cooperado